
Mereces sem dúvida mais do que aquilo que posso fazer por ti, é só o que digo. No entanto, por ti vale também o esforço de tentar escrever alguma coisa com sentido, alguma coisa que, por uma das raras vezes na vida, mostre um bocadinho. De mim.
Como eu fiz questão de mencionar há algum tempo atrás, e tu, novamente, agora, estamos definitivamente a afastar-nos. Pensei, pensei tanto!
Porque é que nós, de um momento para o outro, do princípio para para o fim de um verão, nós, que de tão diferentes, tínhamos tanto em comum, pudemos tornar-nos tão estranhas uma à outra?
Desde Junho que não sei nada de concreto da tua boca, tudo o que sei é o que oiço contar. Talvez aconteça o mesmo contigo. Temos os nossos (breves) momentos de conversação, mas passam num ápice e em dois dias depois não fez diferença.
Tenho medo de ir ter contigo, por exemplo, nos intervalos, porque acho que sou um fardo, sou ali um apêndice totalmente desnecessário e nada bem-vindo. Não estou a dizer que é verdade ou que por tua culpa me sinto assim; a verdade é que agora já nada me deixa segura de mim, a minha suposta segurança meteu-se nalgum sítio onde não a posso alcançar e toda a cobardia vem ao de cima.
Acho que essa tal de cobardia é que me impele a escrever este texto, em que estou a usar uma linguagem quase incriminatória - dirigida a mim, embora possa parecer que não.
Opá, isto irrita-me, esta "coisa" de... crescer, que me está a afastar tanto de ti!
Há tanto tempo que somos Nós ou Elas, e não a Sarah e a Mariana. Há tanto tempo que partilhamos gostos, que falamos, que brincamos, que discutimos, que choramos, que rimos, que nos ouvimos uma à outra, que aprendemos uma com a outra... ou devia dizer partilhávamos, falávamos, brincávamos, discutíamos, chorávamos, ríamos, ouvíamos, aprendíamos?
Sabes aquela sensação de te aproximares de uma grande amiga que fala de alguma coisa e tu, animada, estás a lado, tentas ouvir... e não percebes? Não sabes um nome?
Claro que não sabes, isso não acontece contigo. Sabes sempre tudo. Ou, pelo menos, sabes tanto que não te incomodas com o que não sabes.
Eu sei o que é. E também sei outras coisas divertidas, como o passar intervalos na casa de banho ou em filas para não mostrar a toda a gente que estou sozinha, que embora me dê muito bem com muita gente, não há ali ninguém que... com quem partilhar uma conversa que não seja palhaçada ou intrometência.
Às vezes queria não ter ficado na mesma escola que tu.
Aquela sensação que estamos na mesma escola, e nos podemos ver quando quisermos, faz desaparecer a necessidade que tens de mostrar às pessoas, que não estão na mesma situação, o quanto as adoras, o quão especiais e importantes são para ti, que tens saudades...
Como estamos tão perto, não sentimos isso a afastar-nos...
Lamento.
Só queria poder dizer-te o quão grande, o quão formidável és, o quão perfeita és. O quão feliz me fazes sentir por existires e eu existir contigo.
Só queria poder voltar atrás do tempo e sim, ter feito aquela promessa, mas com uma cláusula, uma faca que cortasse desde logo aquele... "cordão umbilical", que não como a uma mãe e filha unia, mas como gémeas. Que o cortasse logo e não estivesse a rasgá-lo aos pedaços, porque dói tanto...!
Adoro-te, Mariana.
Só quero que saibas e que me desculpes por ter feito com que nos afastássemos tanto e desta maneira tão estúpida.
by Bá* - sou mesmo boa fotógrafa!
2 comentários:
sabes como é... eu nem percebo pq estou em humaniddes... devia ter ido logo pa línguas, que tenho este dom de escrever q UI! =P
WOW! Sarah tu controlas ai essa cena toda! yo! bue basofe! xD
LOL
Adoro-tee! =)
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